Foi aprovado por unanimidade dos vereadores o Projeto de Lei Ordinária nº10/2022, que insere a campanha do Abril Azul no calendário oficial de eventos do Município. A proposta, de autoria dos vereadores Luciano Dário, Coco, Josiane e Sheila Gabarron, foi discutida em regime de urgência e dispensa de interstício na sessão ordinária de ontem (18/4). 

O projeto tem como objetivo fazer com que os órgãos públicos promovam anualmente durante todo o período do mês de abril ações para difundir informações sobre o transtorno do espectro autista (TEA), promovendo a inclusão social e o combate ao preconceito. De acordo com informações da Associação dos Pais de Autistas de Marialva (Apam) existem, atualmente, em Marialva 60 autistas laudados e outros 43 em investigação. 

De acordo com o projeto, o poder público poderá firmar parcerias com universidades, entidades do terceiro setor ou empresas privadas para realizar a divulgação de orientações sobre o TEA para a comunidade. Segundo os autores do projeto, a campanha é uma forma de acabar com a descriminação e a desinformação e “impulsionar o compromisso político e a cooperação institucional a favor de investimentos maiores nos setores sociais, educacionais, da saúde e laborais das pessoas com o transtorno”. 

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio neurológico que pode afetar as áreas de comunicação, comportamento e interação social. Há muitos subtipos do transtorno, tanto que se usa o termo “espectro” devido aos vários níveis de suporte que cada indivíduo do TEA necessita - existem desde pessoas com outras doenças e condições associadas (coocorrências), como deficiência intelectual e epilepsia; até pessoas independentes, com vida comum.

Os números de pessoas diagnosticadas com autismo têm crescido no Brasil e no Mundo. Alguns sinais de autismo podem aparecer a partir de um ano de idade, ou até antes, em casos mais graves. Entre os sinais mais comuns estão: isolar-se ou não se interessar por outras crianças; ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise; fazer movimentos repetitivos sem função aparente; interesse restrito por um único assunto (hiperfoco); entre outros. 

É muito importante que o tratamento para o TEA seja iniciado o quanto antes, com intervenções comportamentais (aplicadas por psicólogos) e outros tratamentos interdisciplinares individualizados, como fonoaudiologia, terapia ocupacional, etc. Quanto antes começarem as intervenções, maiores são as possibilidades de melhorar a qualidade de vida do indivíduo.