No álbum com 12 músicas novas, só a melodia lembra o repertório consagrado, que foi descartado, assim como a participação dos integrantes antigos
Eles foram precursores do rock brasileiro nos anos 80 e, hoje, seus hits irreverentes são entoados em festas retrô. Para voltar ao auge, a banda Blitz retoma a fórmula 23 anos após o fim da formação original com CD de inéditas "Eskute Blitz", que deve chegar às lojas de todo o País até o fim do mês.
À frente do grupo, Evandro Mesquita, de 57 anos, já fala em iniciar um novo ciclo. "Vai ser uma porrada no público. Quem acha que será um cover do passado vai se surpreender", dispara o vocalista, que aposta alto no novo trabalho. "A gente está melhor. Musicalmente, o grupo vem mais experiente. E são todas inéditas", orgulha-se Evandro (vocal, violão e guitarra), único ‘sobrevivente’ da primeira formação e que há seis anos mantém a Blitz com outros membros - Billy Forghieri (teclados e vocais), Juba (bateria e vocais), Andrea Coutinho (backing vocal), Luciana Spedo (backing), Cláudia Niemeyer (baixo) e Rogério Meanda (guitarra e vocais).
Evandro garante que o humor não minguou. "A identidade da Blitz é essa, falar de coisas sérias sem ser drástico ou panfletário. Continuamos fazendo contos do cotidiano", resume o ‘cabeça’ das composições. Outra marca registrada da banda, os diálogos que irrompem nas canções estão de volta. "Temos mesmo disso, personagens na música. Mas é difícil falar em sonoridade, porque é uma mistura de samba, rock e funk, até samba reggae", explica Evandro.
No álbum com 12 músicas novas, só a melodia lembra o repertório consagrado, que foi descartado, assim como a participação dos integrantes antigos, como Lobão e Fernanda Abreu. No lugar, fazem pontas Erasmo Carlos, Pato Fu e Leoni. "Nesse CD, a gente quis deixar só a formação atual, sem misturar as coisas."
Para os próximos meses, o plano do grupo é cair na estrada, "numa turnê infinita, pelo País inteiro, sem fim". E aí, sim, ao vivo, sucessos como "Betty Frígida", "Você Não Soube Me Amar", "Weekend", "A Dois Passos do Paraíso" e "Mais uma História de Amor" (Geme, Geme) não vão faltar. Além do álbum e da turnê, a Blitz se volta à realização de um documentário sobre a trajetória da banda, contendo shows memoráveis, como o do Rock in Rio, em 1985. As informações são do Jornal da Tarde.
Agência Estado