Setor teve queda de 13,4% no semestre frente ao mesmo período de 2008.
De maio para junho, a alta foi de 0,2%, a sexta mensal consecutiva.
A indústria nacional voltou a mostrar recuperação em junho: o setor cresceu 0,2% frente ao mês anterior, na sexta alta mensal consecutiva. De janeiro a junho, a alta acumulada alcançou 7,9%.
Frente ao primeiro semestre do ano passado, no entanto, a queda acumulada é de 13,4%, no pior resultado para um primeiro semestre desde 1975, quando teve início a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação entre meses de junho, a indústria também segue com resultado negativo: o recuo foi de 10,9%.
A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses (-6,5%), também acentuou o ritmo de queda frente a maio (-5,0%), segundo o IBGE.
Setores
Na passagem de maio para junho, a indústria extrativa foi destaque de alta, com crescimento de 5,3%. Em seguida, aparecem veículos, com alta de 2,6%, e outros produtos químicos, que cresceram 2,9%.
Na outra ponta, no entanto, tiveram queda as indústrias de alimentos (-5,4%), farmacêutica (-4,9%) e outros equipamentos de transportes (-4,4%).
“O desempenho de junho confirmou a expansão da atividade industrial, com avanço de 0,9% na média móvel trimestral, quarta taxa positiva nessa comparação. Por categoria de uso, o destaque ficou para bens de capital, que, com o terceiro acréscimo consecutivo frente ao mês anterior, superou sete meses de queda da média móvel trimestral e avançou 1,8% entre maio e junho”, afirmou o IBGE em nota.
Junho x Junho
Frente a junho de 2008, a queda de 10,9% na produção da indústria – a oitava consecutiva nessa base de comparação – foi puxada pelo setor de veículos automotores, que mostrou contração de 18,9%. Também pesaram negativamente os resultados de máquinas e equipamentos (-27,4%), metalurgia básica (-22,8%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-34,5%).
Entre as atividades que mostraram aumento em relação a junho de 2008, a farmacêutica (12,7%) foi a única que exerceu impacto relevante na formação da média geral, diz o IBGE.